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A feira de peixe que fica ao lado do prédio da Capitania dos Portos, na Rua Belmiro Rodrigues da Silva, na Enseada do Suá, em Vitória, não vai mais poder continuar na calçada da área militar. O comando da Marinha no Espírito Santo decidiu fazer valer uma lei de 1941 que proíbe construções ao redor de fortificações militares.
De acordo com o presidente da associação dos pescadores, Emanuel da Penha Ribeiro, ficou acordado, em uma reunião realizada na segunda-feira (7), que os profissionais vão mudar para uma calçada do outro lado da rua até o dia 21 de julho. O encontro contou com a participação da prefeitura, que se comprometeu a nivelar o asfalto para apoiá-los, e da Cesan, que vai fazer as novas ligações de água das barracas.
A Capitania dos Portos informou para A Gazeta que a permanência das barracas dos pescadores contraria a legislação e acarreta problemas operacionais e de segurança para a Organização Militar. “Nesse contexto, a CPES levou o assunto à Prefeitura de Vitória, que está solucionando o caso”, informou em nota.
De acordo com a lei, é proibida a construção civil ou pública no perímetro de 33 metros ao redor de fortificações militares.
Os pescadores alegaram que atuam no mesmo local há 15 anos e que, inclusive, investiram na estrutura, colocando pisos no chão da calçada onde ficam os estabelecimentos, como destacou Elisângela Fernandes, dona de uma barraca de peixe, em entrevista à TV Gazeta na semana passada.
“Nós tivemos uma reunião com a Capitania. O responsável nos avisou que temos que desocupar a calçada e não temos escolha, precisamos ficar 50 metros longe, porque estamos correndo risco de vida. Essa calçada foi feita pela gente, em 2018, com dinheiro da associação. Antes, era caixa de isopor no chão, a barraca montava e desmontava. Tiramos dinheiro do nosso próprio bolso para deixar aqui mais bonitinho”, manifestou.
De acordo com os pescadores, uma das propostas era transferir a feira temporariamente para a Praça do Papa, o que não foi aceito pela comunidade.
“A gente prefere passar para o outro lado da calçada, como era antes. Vamos pegar a tenda de antigamente, de monta e desmonta, o isopor no chão, para não atrapalhar ninguém. A gente só quer trabalhar”, relatou Elisângela.
Fonte A Gazeta
Créditos: Vinicius Zagoto